1. Posse Responsável
Ser um dono responsável é estar sempre preservando e cuidando da saúde e do bem estar do animal de estimação.
Antes de falarmos sobre posse responsável, vamos entender as diferentes classificações dos animais:
Antes de falarmos sobre posse responsável, vamos entender as diferentes classificações dos animais:
Animal doméstico é aquele que tem seu habitat nos agrupamentos populacionais; em outras palavras, é aquele que está acostumado a conviver com o homem ou viver em sua companhia.
Animal silvestre é aquele que não é doméstico e seu habitat se situa longe dos aglomerados humanos; geralmente os animais silvestres não estão acostumados com a presença do homem.
Animal domesticado é aquele animal doméstico ou silvestre que, através de treinamento, se acostumou ao homem.
Animal nativo é aquele (doméstico ou silvestre) cuja espécie é originária de um país, podendo existir em outros países.
Animal exótico é aquele (doméstico ou silvestre) cuja espécie não existe naturalmente em um país, mas que pode ser adaptada ao ambiente desse país.
Agora que já sabemos o que é um animal doméstico, vamos entender o que constitui a Posse Responsável e quais as obrigações de um dono consciente sobre seus direitos e deveres quando se trata da saúde, do conforto, da dignidade e da qualidade de vida de um animal.
O QUE É POSSE RESPONSÁVEL?
A posse responsável é um conjunto de várias atitudes, envolvendo proprietários e veterinários no intuito de assegurar o bem-estar do animal.
Possuir um animal (seja ele comprado ou adotado) é ter um compromisso durante muitos anos de sua vida.
VOCÊ ESTÁ PREPARADO(A) PARA ADOTAR?
Antes de adotar um animal, é necessário que se reflita sobre alguns pontos fundamentais, dentre eles: Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Durante todos esses anos, haverá recursos financeiros para alimentá-lo e dar-lhe tratamento médico? Haverá tempo para se dedicar, brincar, levar para dar um passeio, enfim, tratá-lo com amor e atenção? Já foi considerado que um animal faz sujeira? Quem irá limpá-la? A família concorda em receber mais um “membro”? Quem ficará com o animal nas férias ou feriados, se a família for viajar?
Se as respostas forem mais negativas do que afirmativas, não adote um animal, porque eles precisam de tantos cuidados quanto uma criança necessitaria.
Mas, se a maioria das respostas foi afirmativa e se você estiver pensando em adotar um animal, prepare-se para assumir alguns compromissos:
* ALIMENTE DE FORMA CORRETA
Esse é um dos cuidados mais básicos de que um animal precisa. Significa não só dar comida, mas mantê-lo bem alimentado, dando-lhe uma ração específica para sua espécie, tamanho e idade em quantidades adequadas e fornecendo-lhe sempre água fresca.
Gatos não devem ser alimentados com ração de cães e vice-versa.
Cães e gatos não devem ser alimentados com restos de comida humana nem deixados com sede. Nunca deixe a água estagnada no pote, porque além de ser prejudicial à saúde do animal, essa água pode acumular larvas de mosquitos, prejudicando também a SUA saúde.
Os alimentos (ração e água) devem ficar em locais arejados e protegidos do sol e chuva.
* FORNEÇA UM AMBIENTE ACOLHEDOR
Nunca deixe um animal ao relento, sem ter onde se abrigar do calor, do frio e da chuva. O melhor lugar para um amigo é perto de nós. Se não for possível, dê-lhe ao menos uma casa e faça-se sempre essa pergunta: eu gostaria de viver nas mesmas condições que meu animal?
Lembre-se ainda que um animal de grande porte certamente não viverá bem em um local apertado. Eles precisam de espaço para se exercitar e gastar energia. E não se esqueça que sendo pequenos, médios ou grandes, os animais precisam de lugares arejados e iluminados!
No caso de apartamentos, telas nas janelas são indispensáveis, mesmo que se trate de cães.
Se você mora em casa, verifique se não há por onde o animal fugir. Ruas são extremamente perigosas para animais de qualquer espécie!
* MANTENHA O ANIMAL DENTRO DE CASA
Rua não é lugar para o animal. Mesmo que você more em um bairro tranqüilo ou em uma cidade pequena, isso não exclui o risco de
maus tratos ou de um atropelamento.
Mantenha seus animais dentro de casa. Essa é a única maneira de evitar problemas para eles, para você, e para a vizinhança.
* SIGA AS REGRAS DA CIVILIDADE E DA HIGIENE
Ao sair na rua com seu cãozinho, recolha toda a sujeira que ele fizer. Não polua as vias públicas. Lembre-se que você é responsável por qualquer dano que o animal causar e por qualquer coisa que ele fizer.
Cães devem ser levados na coleira sempre. Essa é uma regra fundamental para a segurança das outras pessoas e do próprio cão.
Dentro de casa, mantenha sempre limpo o local onde vive o animal. Ninguém gosta de sujeira, muito menos seu melhor amigo.
* DÊ-LHE UM LAR, NÃO UMA PRISÃO!
Jamais deixe seu cãozinho acorrentado ou o gato em uma gaiola. Ou você gostaria de viver na mesma situação? Manter animais presos, sem nenhuma possibilidade de movimentação é um ato de crueldade, além de ser crime previsto pela lei.
Lembre-se sempre que sua casa deve ser um lar para o animal, não uma prisão.
* NÃO O CASTIGUE NEM O MALTRATE
Punição física não adianta nada e não corrige comportamentos indesejados. Bater no animal, além de ser um ato de extrema covardia, fará com que ele se torne medroso e inseguro, o que não é bom nem para ele nem para você.
Trate seus animais como você gostaria de ser tratado. Este é um princípio básico da humanidade.
* SEJA COMPANHEIRO SEMPRE
Aprenda a respeitar o jeito de ser de cada animal. É isso que o torna único e especial. Trate-o sempre com carinho e amor.
Procure compreender que tudo o que ele faz é para agradá-lo e fazer-se digno do seu amor. Aceite esse amor incondicional. Ninguém será capaz de amá-lo de forma tão desinteressada e isenta de julgamentos como seu animal.
* CASTRAR O ANIMAL - UM ATO DE AMOR
Castrar os animais é a melhor opção para evitar crias indesejadas e, conseqüentemente, mais animais abandonados. A cada ano, centenas de filhotes são jogados nas ruas. A maioria morre antes de completar um ano. Mesmo que você esteja convicto de que não abandonará uma ninhada, pense no assunto. Filhotes dão muito trabalho e custos elevados, e não há casas disponíveis para todos os animais. Não é fácil conseguir um lar para cinco, seis filhotes, e você nunca terá garantias de que eles serão bem tratados.
Além disso, a castração trará muitos benefícios para seu animal, evitando doenças como o tumor de mama e de útero nas fêmeas e problemas de próstata e tumores nos machos.
Após a castração, o animal se tornará mais carinhoso e tranqüilo, e as chances de fuga serão muito menores.
Os animais podem ser castrados a partir dos três meses de idade e quanto mais cedo for feita a esterilização, menores as chances de desenvolverem tumores e outras doenças.
CASTRAÇÃO PRECOCE
Pesquisas recentes nos EUA indicam a castração antes da
Puberdade (aos seis meses de idade), e apresentam suas vantagens.
A principal doença reprodutiva e o tumor mais comum de cadelas são o tumor de mama. Ele é o segundo mais freqüente em cadelas e o terceiro mais comum em gatas. É provado que sua incidência cai para 0,5% quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, mas o efeito da castração na diminuição da incidência deste tumor vai diminuindo com o tempo, sendo que não se altera se a cadela for castrada após o segundo cio.
Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas.
Além dos tumores de mama, a castração precoce previne virtualmente quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor. Por exemplo, uma doença muito comum em cadelas e gatas, principalmente naquelas que receberam hormônios para evitar o cio, é o complexo hiperplasia endometrial cística (PIOMETRA), doença que, se não for tratada a tempo, pode levar à morte.
CUSTOS
Economicamente, a cirurgia em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e material em geral. Caso queira obter maiores informações, entre em contato com a Deixe Viver.
VANTAGENS DA CASTRAÇÃO NAS FÊMEAS
* Cio e sangramentos deixam de ocorrer;
* A cadela e a gata deixam de atrair os machos e procriar;
* Diminui o risco de tumores de mamas e útero;
* O animal fica mais tranqüilo;
* Aumenta o período de vida do animal.
VANTAGENS DA CASTRAÇÃO NOS MACHOS
* Sem instinto de reprodução o animal se torna menos agressivo;
* Diminui o risco de fugas atrás das fêmeas;
* Diminui a necessidade de marcar território através da urina;
* Diminui o problema de latidos e uivos excessivos;
* Aumenta o período de vida do animal.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
OVARIOHISTERECTOMIA (retirada de útero e ovários)
ORQUIECTOMIA (retirada dos dois testículos)
VASECTOMIA (interrupção da passagem dos espermatozóides, o animal acasala, mas não é fértil).
* PROVIDENCIE TRATAMENTO VETERINÁRIO SEMPRE QUE FOR PRECISO.
Não confie em conselhos e palpites de curiosos. O profissional mais indicado para cuidar de seu animal é o médico veterinário. Procure um veterinário sempre que necessário, para orientação, vacinação ou se o animal apresentar qualquer sintoma de doença ou comportamento estranho, diferente do habitual. Esteja sempre atento à sua saúde e verifique regularmente seu estado geral.
Não meça esforços para lhe dar o melhor tratamento possível. Mesmo que você não possua condições financeiras, haverá sempre um local onde você poderá tratá-lo a preços mais baixos, como os hospitais das faculdades de veterinária e as ONG´s.
* SUPERE AS DIFICULDADES - VOCÊ É RESPONSÁVEL
Nem sempre as coisas são como desejamos...às vezes os animais se comportam de maneira inadequada, diferente da que esperamos, mas lembre-se de que você é responsável por ele e, seja como for, aconteça o que acontecer, ele agora é responsabilidade sua, e não pode ser abandonado por causa de um ou outro contratempo. Se o seu cão late muito, por exemplo, tente comprar ossinhos, brinquedos e dar mais atenção a ele. Certifique-se também de que o animal está bem de saúde. Stress causado por falta de carinho, má alimentação, frio, desconforto (dor de dente, coceira, cólica, etc), ciúme e frustração (não poder entrar em casa, por exemplo) podem ser causa de latidos em excesso, assim como outros tipos de comportamento, como morder objetos, tentar escapar, ficar agressivo, etc.
* NA VELHICE, NÃO O DESAMPARE!
Não é justo que você se desfaça do animal justamente na fase em que ele mais precisará de você. Nossa sociedade é extremamente cruel com os idosos, sejam humanos ou não. Não se torne mais um a engrossar as fileiras da indiferença e da falta de gratidão. Seu animal o amou e compreendeu a vida inteira... Cuide dele até o fim e não se esqueça de que cães idosos precisam de uma alimentação diferenciada, já disponível no mercado.
* JAMAIS O ABANDONE
Finalmente, jamais abandone. Animais abandonados são presas fáceis das piores crueldades. Não caia na conversa de que sempre haverá "alguma alma boa" que cuide dele. A realidade não é essa!
* DIREITOS DOS DONOS DOS ANIMAIS
DIREITO À POSSE DE UM ANIMAL
Todas as pessoas têm o direito de ter um animal de estimação.
Este direito é garantido na Constituição, pela da Lei. n° 4591/64, art. 554 do código civil, que garante a todos os cidadãos o direito à propriedade, sendo os animais considerados semoventes (bens que podem ser propriedade de alguém).
Por isso, o condomínio ou o síndico não tem o direito de proibir a posse de um animal.
Uma convenção de condomínio não pode proibir algo que é permitido por lei federal ou pela Constituição, a lei maior do país.
* ENTRANDO EM ACORDO
Caso você tenha problemas com o seu condomínio, sugerimos
primeiramente que se tente fazer um acordo mútuo de responsabilidades com os outros condôminos. De que maneira? Eles respeitam seu direito de ter um animal e você respeita o direito deles de não quererem animais nas dependências de uso comum do edifício. No caso de cães, por exemplo, o dono deve usar elevador de serviço (sempre carregando o animal no colo) ou usar as escadas. Se o cão for muito grande, o proprietário do animal fica encarregado de desinfetar o elevador quando usá-lo junto com o animal. Essas medidas são apenas exemplos, pois não existem regras pré-estabelecidas para condomínios. Cada caso é um caso que pode variar de acordo com a determinação de um juiz. No caso de multas impostas pelo condomínio, também vêm funcionando os acordos amigáveis.
Alguns estados têm Leis que limitam o número de animais que se pode ter por metro quadrado. No caso de pessoas que têm muitos animais num apartamento, essas leis municipais precisam ser verificadas. No entanto repetimos que o que mais vem funcionando são acordos mútuos de responsabilidade entre o proprietário do(s) animal(s) e os demais condôminos.
Alguns juízes determinam deveres que variam de acordo com o que eles acham mais correto. Há casos em que cães são obrigados a usar focinheira ou serem transportados dentro de caixas. Essas decisões devem ser acatadas, pois há que se respeitar o direito daqueles que não querem animais circulando pelo edifício.
Caso a possibilidade de acordo seja rejeitada e esteja havendo resistência, desconhecimento e/ou dúvida em relação à interpretação da Lei n° 4591/64 e art. 554 do código civil, sugerimos que o caso seja levado para o Tribunal de Pequenas Causas de sua cidade.
* A PREFEITURA PODE TIRAR MEUS ANIMAIS?
Sempre que há acúmulo de animais num local, a Prefeitura pode intervir em nome da Saúde Pública, mas isso não quer dizer que todas as pessoas que têm vários gatos e/ou cães vão ter seus animais apreendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses. As Leis variam em cada município. Como os animais são considerados propriedade, de acordo com a Constituição Federal, não podem ser retirados por causa de uma simples reclamação do seu vizinho. O mais comum é que um fiscal da Vigilância Sanitária apareça para inspecionar o local onde os animais vivem. Nesse caso, mostre a carteira de vacinação de seus animais e, se for necessário seu comparecimento para mais esclarecimentos, consiga o laudo veterinário pra provar que os animais estão bem de saúde.
Só poderá haver intervenção do Município se a posse do animal (ou dos animais) representar ameaça à saúde pública e, mesmo assim, o proprietário tem o direito de escolher um veterinário de confiança para apresentar o laudo final.
No caso da epidemia de Leishmaniose, por exemplo, onde o cão é o hospedeiro e pode transmitir a doença para o homem, o proprietário tem o direito de não entregar os animais para a Prefeitura. No caso de a doença ser constatada e haver necessidade da eutanásia, o dono do animal pode escolher o veterinário de sua confiança para fazer o sacrifício. Mas repetimos: em caso de risco à saúde pública, as prefeituras podem, sim, interferir.
Se você tem muitos animais, leve-os ao veterinário regularmente e mantenha as carteiras de vacinação sempre em dia.
* “Carrocinha”
Carrocinha é o nome dado aos veículos que os Centros de Controle de Zoonoses do Brasil usam para capturar animais errantes.
GUIA DE CUIDADOS COM CÃES
1. Alimentação:
Filhotes a partir de 45 dias de idade: ração para filhotes certamente é a melhor opção.
Existem muitos tipos (secas, semi-úmidas ou úmidas), sabores (carne, frango, carneiro, fígado, etc.) e marcas no mercado. Na primeira consulta, o veterinário recomendará o tipo de ração que você deverá fornecer ao filhote. A quantidade de ração a ser dada varia com a raça e o peso do animal. Os fabricantes de ração fazem a recomendação da quantidade ideal na própria embalagem do produto.
Mesmo que o filhote rejeite a ração, insista. Não fique tentando oferecer outro tipo de alimento como carne e arroz. Misture ração úmida, em latinha ou sachê, à ração seca para torná-la mais atrativa.
Cães a partir de 01 ano de idade: oferecer ração para cães adultos (seca, úmida ou semi-úmida) duas vezes ao dia. Você pode misturar ração seca com ração úmida, seguindo a proporção indicada pelo fabricante.
Dicas:
Os filhotes comem de três a quatro vezes ao dia quando pequenos e passam a comer menos à medida que vão crescendo; assim, reduza o número de refeições gradativamente. O adulto (a partir de um ano) come duas vezes ao dia. O excesso de alimentação causará obesidade e inúmeros problemas ao animal; restos de comida, doces, massas e tudo o que não for prescrito pelo veterinário deve ser evitado, mesmo que o cão goste ou queira comer. O cão que "pede" comida da mesa dos donos deve ser repreendido ou retirado do local das refeições familiares;
Mudanças alimentares devem ser feitas gradativamente ou o animal poderá apresentar diarréia; cães de raças grandes, quando adultos, devem ser alimentados três vezes ao dia em porções menores. Isto evita que ele coma grandes quantidades de alimento de uma vez e venha a ter uma torção do estômago.
2. Dentição
A troca de dentes se inicia aproximadamente aos três meses de idade e termina aos seis meses. Nessa fase, o cão pode se tornar muito “travesso”, roendo mesas, cadeiras, comendo sapatos e outros objetos. A melhor forma de evitar isso é oferecendo ao filhote outras opções, como os ossos e brinquedos desenvolvidos especialmente para cães e tirando tudo o que for possível do alcance dele.
O cão tem grande tendência a formar tártaro, o que provoca o mau-hálito e a perda precoce dos dentes permanentes. A cárie também ocorre em animais que recebem alimentos doces com freqüência. Existem serviços odontológicos especializados para cuidar dos dentes do seu cão.
A higiene da boca do cão pode ser feita através de escovação. Existem escovas e pastas dentais especialmente desenvolvidas para cães. A escovação deve ser feita duas a três vezes por semana, no mínimo.
Embora seja o método ideal, nem todos os cães aceitam e muitos donos não conseguem manter a freqüência de escovação. Procure um veterinário para saber qual o melhor método de prevenir as cáries e o
acúmulo de tártaro.
A escova também pode ser substituída por um chumaço de algodão, que deve ser esfregado nos dentes do animal.
Pedaços de cenoura crua devem ser oferecidos entre as refeições para que o cão seja estimulado a roer, assim como ossos artificiais (couro) ou naturais (joelho de boi). O ato de roer é a escovação natural do cão.
3. Banhos
Os banhos são recomendados a partir de 45 dias de idade, com sabão de coco ou xampu neutro que não contenha inseticida (antipulgas). Existem xampus para cada tipo de pelagem (clara, escura, longa, curta, 2 em 1, etc.), assim como xampus anti-alérgicos e para tratamento dermatológico (para seborréia, micoses, etc.). Raças de pelagem longa podem fazer uso de condicionadores desenvolvidos para animais.
Caso o filhote tenha pulgas, dar banhos com sabonete de enxofre. Nunca dê banhos utilizando produtos inseticidas em filhote com menos de seis meses. Consulte seu veterinário quanto a tratamentos com produtos antipulgas à venda em pet shops.
Dê banho no animal com água morna e coloque algodão nos ouvidos para evitar a entrada de água.
Cuidados com a pelagem
Escove diariamente o animal para a retirada de pêlos mortos e poeira, e verifique a presença de parasitas (pulgas, carrapatos, etc.). Raças de pelagem longa devem receber a primeira tosa aos três ou quatro meses, e depois periodicamente (a cada dois meses, aproximadamente). Mantenha o pêlo curto no verão para evitar pulgas.
4. Cios
As fêmeas entram no cio entre seis meses a um ano de idade, variando com a raça e o tamanho do animal. O cio dura cerca de 15 dias e é acompanhado de um sangramento (de leve a moderado) e aumento perceptível da região genital. Algumas fêmeas podem não apresentar sangramento ("cio seco"). A partir do primeiro cio a fêmea já pode procriar. A melhor forma de evitar que isso ocorra é castrando o animal.
O macho não tem cio e torna-se apto à reprodução a partir de um ano. Ele pode começar a ter manifestações sexuais a partir de três meses de idade, principalmente quando sentir o cheiro de uma fêmea no cio. A castração também é feita no macho para que ele não possa fertilizar a fêmea e para que ele pare de demarcar território, urinando pela casa, além de evitar que ele fuja atrás de fêmeas.
5. Vacinação
Este é, sem dúvida, um dos cuidados mais importantes tanto para o filhote como para o cão adulto. Os animais devem ser imunizados antes de começarem a freqüentar as ruas. Existem muitas doenças virais que podem acometer os animais e são causadoras de grande número de mortes, principalmente nos filhotes. Vacinação com a V8:
- 45 dias: Vacina para filhotes (usada em canis ou regiões que apresentam alta incidência de viroses)
- 60 dias: 1a. Dose vacina múltipla*
1a. Dose vacina contra Giardia
vacina contra a Tosse dos canis
- 90 dias: 2a. Dose vacina múltipla
2a. Dose vacina contra Giardia
- 120 dias: 3a. Dose vacina múltipla
- a partir de quatro meses de idade: Anti-rábica
Este esquema mostra algumas vacinas disponíveis no mercado. Cabe ao veterinário decidir o melhor esquema para cada animal.
*(cinomose, hepatite, parvovirose, dois a quatro tipos de leptospirose, coronavirose, parainfluenza, laringotraqueíte)
Obs: não vacinar filhotes com menos de 45 dias de idade. Trabalhos científicos mostram que, nessa idade, as vacinas são inativadas pelos anticorpos passados da mãe para o filhote. Se o filhote adquirido foi vacinado antes de 45 dias de idade, desconsidere essa vacina.
6. Vermifugação
Uma atitude importantíssima, a vermifugação – combate ou a prevenção aos vermes – pode ser vital para seu cachorro. Os vermes são grandes vilões, principalmente dos filhotes, e podem causar a morte do animal se não forem eliminados a tempo.
A mãe pode transmitir vermes aos filhotes tanto pela placenta como pelo aleitamento.
Vermifugar a fêmea antes do acasalamento é uma medida preventiva para que os filhotes nasçam livres de vermes. Todos os filhotes devem ser vermifugados no seguinte esquema:
- 30 dias de idade: 1a. Dose de vermífugo
- 45 dias de idade: 2a. Dose de vermífugo
- 60 dias de idade: 3a. Dose de vermífugo
Animais adultos devem ser vermifugados a cada seis meses, principalmente antes das vacinas anuais. Existem áreas em que é comum o "verme do coração" (dirofilariose). Informe-se com o seu veterinário para iniciar um tratamento de prevenção da dirofilariose.
Não se esqueça: o maior cuidado que podemos dar aos nossos animais de estimação é o carinho!
O segundo maior cuidado é levá-lo periodicamente ao veterinário!
GUIA DE CUIDADOS COM GATOS
1. Alimentação
Os gatos precisam de proteínas para obter os aminoácidos essenciais para seu crescimento e para o bom funcionamento do sistema imunológico. A falta de aminoácidos pode provocar cegueira e anomalias nos filhotes. A melhor maneira de garantir que seu gato receba uma alimentação completa e balanceada é alimentando-o com ração.
Nunca dê doces, chocolate ou afins para o seu gato.
Como dar o leite para um gatinho
NUNCA vire o filhote de barriga para cima para dar de mamar, como se fosse um bebê humano: o líquido pode ir para os pulmões e o gatinho sofrer de pneumonia. Ele deve ficar em pé ou na mesma posição em que mama na mãe gata. Pode-se improvisar a mamadeira com um conta-gotas ou seringa sem agulha. Existe mamadeira própria para filhotes em pet-shops. Dê o leite de quatro a cinco vezes por dia, morno, na quantidade que o gatinho aceitar.
Gatos idosos
Gatos com mais de dez anos podem ter a capacidade digestiva diminuída, dificuldades para mastigar, perda de paladar e olfato. Além de ração Senior de boa marca, precisam também de alimentação mais atraente e fácil de mastigar, proteínas de qualidade e boas doses das vitaminas C e E. Um gato bem cuidado pode chegar a mais de 20 anos de idade.
2. Vacinação
Muitos donos não sabem que, assim como os cães, os gatos também devem ser vacinados (tríplice ou quádrupla felina).
Graças à vacinação, hoje os gatos já podem ser protegidos contra uma doença grave e muitas vezes fatal: a Enterite lnfecciosa dos Felinos (internacionalmente conhecida por F.l.E.). Esta doença é por vezes designada "Gripe dos Gatos'" o que leva a confundi-la com outra virose associada a corrimento dos olhos e do nariz.
A vacinação é feita em duas etapas: a primeira dada geralmente por volta das oito semanas e a segunda por volta das 12 semanas ou a critério do veterinário. Uma única dose de reforço por ano ajuda a manter a imunidade.
Os veterinários estão cientes sobre as doenças mais comuns na sua região e poderão aconselhá-lo quanto às datas das vacinas. A melhor medida é marcar uma consulta para vacinação tão logo você receba o seu filhote ou assim que desmamá-lo, caso você mesmo o tenha criado. Nesta ocasião, poderá discutir também a data de outros procedimentos rotineiros, como o sistema de vermifugação e castração. Siga sempre cuidadosamente as recomendações do seu veterinário. A vida do seu gato pode depender disso.
3. Higiene
É muito importante dar ao gato desde cedo um local certo para que ele faça suas necessidades. Um banheiro ou uma área externa é ideal para isto e evitará que o gato venha a usar a casa para este fim. O local escolhido deverá ser inspecionado e as fezes removidas todos os dias.
Os gatos são animais muito limpos e tomam vários "banhos" por dia, promovendo a sua própria higiene ao lamberem-se. Mas se for necessário você banhá-los, use sempre água morna, xampu ou sabonete neutro e seque cuidadosamente o pelo com uma toalha ou secador.
O prato de comida deve ser lavado após a alimentação do gato e a lavagem deve ser feita em separado da louça da família. Nunca use um de seus próprios pratos para dar alimento ao seu animal de estimação.
Bolas de pêlo
É bom dar uma colher de sopa de azeite por semana para ajudar na eliminação das bolas de pelo que se acumulam no intestino. Azeite também deixa o pelo mais brilhante e sedoso. Gatos precisam comer folhas. Isso também ajuda a eliminar bolas de pelo do estômago. Alface, salsinha, broto de alpiste e grama podem ser comidos desde que estejam limpos, bem lavados e livres de produtos tóxicos.
ALGUÉM DA FAMÍLIA
A chave de toda a questão de ter um animal de estimação, de treiná-lo e mantê-lo é o respeito pelo indivíduo. Você trata sua família nesta base e é assim que deve tratar também o seu melhor amigo, seja ele um gato ou um cão. O animal de estimação tem sua própria personalidade e dignidade.
É seu dever preservar isto, lembrando que um contato especial entre seres humanos e animais exige um conhecimento mútuo das necessidades um do outro.
Por amar o seu animal de estimação, você tem responsabilidades com ele. Seguindo estas Regras, você pode assegurar-se de que a sua responsabilidade com seu gato ou cachorro e com a sociedade foi corretamente cumprida.
CONSULTE UM VETERINÁRIO SEMPRE QUE HOUVER DÚVIDA QUANTO AO BEM-ESTAR DO SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO.
MAUS TRATOS
Por fim vamos falar desse mal que atinge nossa sociedade . Quando não respeitamos o direito a uma vida digna, seja ela a vida de um ser humano ou de um animal, perdemos completamente a noção de civilidade e consciência.
A Deixe Viver atua no município de Guarulhos há quase três anos na tentativa de fazer com que o Homem perceba que é um erro achar que os animais nasceram para servi-lo e entenda que fazemos parte de um único ciclo: o ciclo da vida!
A seguir, um resumo das leis que tratam de crueldade contra animais.
1. Lei Federal – prevê a punição para aquele ou aqueles que cometerem algum crime contra a fauna e é válida em todo o país.
2. Lei Estadual – a mais recente lei criada em defesa dos animais, descreve o que é permitido e o que é proibido no trato com animais, inclusive aqueles de carga e para abate e é válida em todo o Estado de São Paulo.
3. Lei Municipal – descreve de forma clara o que se constitui maus tratos. Esta lei é válida apenas município de Guarulhos.
Lei Federal
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998
Capítulo v, dos crimes contra o meio ambiente
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Lei Estadual
LEI Nº 11.977, DE 25 DE AGOSTO DE 2005
Artigo 2º- É vedado: (PROIBIDO)
I - ofender ou agredir fisicamente os animais, sujeitando-os a qualquer tipo de experiência, prática ou atividade capaz de causar-lhes sofrimento ou dano, bem como as que provoquem condições inaceitáveis de existência
II - manter animais em local desprovido de asseio (higiene e limpeza) ou que lhes impeça a movimentação, o descanso ou os privem de ar e luminosidade;
Lei Municipal
LEI Nº 6.033 DE 5 DE JULHO DE 2004
LEI Nº 6.033 DE 5 DE JULHO DE 2004
Capítulo III, Artigo 10, que define maus tratos:
V - maus-tratos contra animais: toda e qualquer ação ou omissão voltada contra os animais que lhes acarrete ferimentos, dor, morte por motivo torpe ou banal, ou sofrimento decorrente de negligência ou da prática de ato cruel ou abusivo, bem como o que mais dispuser as legislações federais, estaduais e municipal sobre a matéria, tais como:
a) mantê-los sem abrigo ou em lugares impróprios;
b) deixar de ministrar-lhes assistência veterinária por profissional habilitado quando necessário;
c) obrigá-los a trabalho excessivo ou superior às suas forças;
d) castigá-los, através de métodos que possam provocar qualquer tipo de dano ou desconforto à saúde e bem-estar do animal, ainda que para aprendizagem ou adestramento;
e) criá-los, mantê-los ou expô-los em recintos exíguos que lhes impeçam a movimentação ou o descanso;
f) transportá-los em veículos ou gaiolas inadequados ao seu bem-estar;
g) utilizá-los em rituais religiosos;
h) utilizá-los em lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes;
i) provocar-lhes a morte por envenenamento;
Fonte.:BichoOnline
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