22 de fevereiro de 2010

Aditivos nos alimentos de cães e gatos

Quais os aditivos ou micro-ingredientes de alimentação mais usados na produção de alimentos para cães e gatos? São sete as principais substâncias incorporadas aos alimentos, resumidas nos tópicos a seguir.

Acidificantes -
são ácidos orgânicos ou inorgânicos adicionados a dieta, visando reduzir o pH do trato digestivo com o objetivo de facilitar a digestão e controlar a flora microbiana. Detalhe: nos alimentos dos gatos, os acidificantes exercem um efeito realçador da paletabilidade e ajudam a prevenir a formação de cálculos (de pH alcalino) no trato urinário inferior de felinos. Estes animais por características da espécie tem predileção pelo sabor picante dos seus alimentos. É bom saber que os gatos são intolerantes ao ácido benzóico, muito empregado como conservante de alimentos para humanos: sua toxidez para os gatos está relacionada a incapacidade da espécie para detoxicação rápida dos compostos fenóis. O ácido benzóico é uma substância fenólica como é também o ácido acetil salicílico (Aspirina, AS). Estes aditivos não devem ser usados nos alimentos dos gatos. Exemplo: Ácido Fosfórico.

Adsorventes -
são substâncias que não são absorvidas no trato gastrintestinal e por suas propriedades ligam-se a substâncias nocivas como as micotoxinas de modo a transportá-las total ou parcialmente para fora do trato digestivo e, conseqüentemente, impedir que ocorra a intoxicaçã
o. Exemplo: Aluminosilicatos (Bentonita e Zeolita).

Antifúngicos - são substâncias utilizadas com a finalidade de prevenir ou eliminar a presença de fungos (mofo, bolores) em matérias-primas e alimentos destinados à nutrição animal. Quando o mofo se desenvolve no alimento são produzidas micotoxinas. As micotoxinas são substâncias nocivas que intoxicam tanto os animais como a espécie humana. Por outro lado, o desenvolvimento de mofo causa perdas no valor nutritivo do alimento, mau odor e alteração na sua paletabilidade. Exemplo: Ácido Propiônico e seus sais.

Antioxidantes - são substâncias que visam evitar a auto-oxidação dos alimentos, conservando suas qualidades. A oxidação de gorduras e óleos provoca o desenvolvimento de odor e paladar desagradáveis e torna os alimentos menos nutritivos diminuindo a sua aceitação até o ponto de ser recusados pelos animais. Além das gorduras e óleos, vários outros ingredientes da alimentação, como pigmentos e vitaminas, são vulneráveis a oxidação quando em contato com o ar atmosférico. Exemplos: B.H. T e Etoxiquin.

Aromatizantes e palatabilizantes - a maior parte dos aromatizantes também age como palatabilizantes, sendo considerados item único na composição dos alimentos. Os aromatizantes são substâncias que conferem aroma ao produto destinado a alimentação, melhorando a sua aceitação e, conseqüentemente, estimulando o seu consumo pelo animal. Provocam a secreção das glândulas salivares e de suco gástrico, favorecendo o melhor aproveitamento do alimento pelo organismo. Os palatabilizantes são substâncias que melhoram o paladar dos produtos destinados à alimentação animal. Exemplos: alho, bacon, carne, frango, peixe, fígado etc.

Corantes - são substâncias que conferem ou intensificam a cor dos produtos destinados à alimentação animal. Podem ser naturais, artificiais e inorgânicos. Exemplos: açafrão, urucum, caramelo etc.

Probióticos - são várias espécies de microorganismos que agem como auxiliares na recomposição da flora microbiana intestinal, diminuindo a concorrência dos microorganismos indesejáveis e dos causadores de doenças. Exemplos: Saccharomyces cerivisae, Lactobacillos acidophilus e Streptccoccus faecium.
Os principais aditivos
  • Acidificantes: Melhor digestão  
  • Adsorventes: Impedir intoxicação
  • Antifúngicos : Não aos fungos
  • Antioxidantes: Melhor qualidade
  • Aromatizantes: Melhor aroma e paladar 
  • Corantes: Cor natural
  • Probióticos: Recomposição do flora
FONTE: Revista Alimentação Animal - "reprodução parcial do artigo"

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